VMware desiste de nuvem própria: A companhia anunciou a expansão da sua estratégia de nuvem híbrida com os lançamentos do Cloud Foundation e do Cross-Cloud Architecture. Dessa forma, a empresa abandona a estratégia de nuvem própria e foca na venda de produtos e na integração de serviços com líderes no mercado de nuvem, como Amazon e Microsoft.

A Bloomberg relata que a mudança de estratégia da VMware tem relação com a pouca tração da empresa no segmento de nuvem e da saída de executivos da área da companhia.

CIOs e profissionais de TI agora precisam gerenciar um universo de múltiplos dispositivos, múltiplas aplicações e múltiplas nuvens, e eles não têm as ferramentas para fazer isso. Nós podemos lhes dar a possibilidade de executar, gerenciar e proteger uma aplicação em várias nuvens e entregá-la em qualquer dispositivo”, relata o CEO da VMware, Pat Gelsinger.

A mudança de foco acontece também após um ano de turbulências para VMware. A empresa enfrentou a desconfiança dos investidores durante o anúncio da compra da EMC, detentora de 80% da VMware, pela Dell, feito em outubro do ano passado.

Enquanto o VMware Cross-Cloud irá abordar múltiplas nuvens públicas, o VMware Cloud Foundation, inicialmente, irá trabalhar apenas com a nuvem da IBM. As empresas também poderão adquirir o software instalado em servidores de empresas como Dell e HP Enterprise e colocá-los em seus próprios data centers.

O VMware Cloud Foundation combina software de armazenamento, rede e virtualização em um único pacote para a . Já o VMware Cross-Cloud é um serviço baseado em assinatura que permite aos clientes gerenciar e proteger aplicações hospedadas nas nuvens públicas da Amazon Web Services (AWS) e Azure da Microsoft, e também na nuvem da IBM.

Em junho, a IBM também promoveu mudanças em sua estratégia. A companhia quer deslocar sua atuação tradicional de integradora de sistemas para focar na chamada integração de serviços, enquanto busca se tornar uma cloud broker com o SoftLayer e com a revenda dos serviços Amazon Web Services e Microsoft Azure.

O plano da empresa é usar uma oferta de TI como serviço chamada CloudMatrix como uma porta de entrada para os provedores de nuvem públicas e para a infraestrutura interna.

O CloudMatrix suporta AWS, Azure e SoftLayer no lado da nuvem e VMware vCloud Director e vRealize. OpenStack e Google Cloud serão adicionados nos próximos meses.

Fugir da competição direta com a AWS é uma estratégia que segue as tendências do mercado. A Goldman Sachs acredita que a verdadeira disputa da AWS nesse segmento não será com as duas rivais do momento (Google e Microsoft), mas sim com o Alibaba.

Para o banco americano, o negócio de computação em nuvem do companhia chinesa de comércio eletrônico – chamado Aliyun – deve alcançar US$ 5 bilhões em receitas em 2019. Caso a projeção se confirme, ela elevará o valor de mercado da empresa para US$ 42 bilhões.

Mesmo assim, o Goldman Sachs ressalta que a cifra será uma fração dos US$ 178 bilhões de valor de mercado projetados para a AWS em 2019, colocando a Aliyun em segundo lugar no ranking de serviços de infraestrutura de nuvem (IaaS).

Com estes valores, AWS e Alibaba seriam duas das maiores empresas de tecnologia de infraestrutura do mundo.

“VMware desiste de nuvem própria”

FONTE: BAGUETE


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